Os antigos a chamavam de Selene, Ártemis, Cíntia, Luna.

Deusa da noite.

Mas o fato é que "(...) a lua não é lisa nem esférica como desejam muitos filósofos. A Lua na verdade é feia, esburacada, coberta de montanhas e sulcada por vales profundos ...".

O Autor dessas palavras foi Galileu Galilei; elas aparecem em seu livro Siderius Nuntius (O mensageiro das Estrelas) publicado na Itália, em 1610.

Mas, embora Galileu, com sua robusta luneta, tenha sido o primeiro a ver de perto a Lua, chegar até lá ainda continuou uma tarefa somente possível aos seres divinos ou super-homens.

Foram necessários mais três séculos e meio para que a Lua deixasse de ser inatingível. Durante esse período, ela continuou sendo a remota terra dos poetas, dos solitários astrônomos e dos amantes.

Entretanto, no início do século XX, o homem, ao inventar asas mecânicas, finalmente desafiou a força da gravidade e, de certo modo, concretizou a possibilidade de se chegar à lua.

Daí em diante, a lua tornou-se o sonho ganancioso dos homens. Um sonho, que acabou transformando-se no maior esforço científico da história humana.

Para ir à Lua, explorar sua superfície e trazer para a Terra amostras do solo lunar, foram desenvolvidos dois projetos: o projeto Lunik da antiga União Soviética que, para explorar a Lua, utilizou robôs automatizados; e o projeto Apollo dos norte-americanos que, embora mais caro e perigoso, levou o homem até a superfície lunar. 

Este trabalho tem por objetivo apresentar, resumidamente, as principais etapas do que pode ser caracterizado como um típico vôo da Terra à Lua, realizado pelas espaçonaves do  programa Apollo, no período de 1969 até 1972.