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OS PITAGÓRICOS |
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Durante o século
VI a.C., houve um favorecimento à expansão de cultos religiosos populares ou
estrangeiros no mundo grego. Na realidade, uma estratégia política adotada por tiranos, para garantir-lhes o
papel de líderes populares e para enfraquecer a antiga aristocracia. |
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Dentre essas religiões, destacou-se o orfismo de Orfeu. Em síntese, uma religião de caráter essencialmente esotérico, que acreditava na imortalidade da alma, a qual, por sua natureza, aspiraria retornar à origem, isto é, às estrelas. E, para isso, era necessário um processo de purificação, o qual se daria a partir da transmigração da alma através de vários corpos. |
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Entretanto, havia um problema: para livrar-se do ciclo de reencarnações, o homem necessitaria da ajuda de um certo deus libertador (Dionísio), o qual completaria essa libertação se obedecidas algumas regras práticas como, por exemplo, a abstinência de certos alimentos, a disciplina do corpo, etc. |
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Ao que parece, foi Pitágora de Samos que, ao se rebelar contra essa desagradável interferência pessoal de um deus, acabou por realizar uma modificação fundamental na doutrina órfica. Especificamente, Pitágoras colocou a Matemática no lugar do deus Dionísio transformando, assim, o sentido da “via de salvação”. Em síntese, a novidade introduzida por Pitágoras na religiosidade órfica foi a transformação do processo de libertação da alma em um esforço intelectual, ou seja, em um esforço puramente humano. |
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Dentre as consequências dessa mudança
de paradigma temos, de um lado, o fato de que muitos conceitos e resultados obtidos por
Pitágoras
e seus seguidores, acabaram por prestar bons serviços à matemática. Por exemplo, os
conceitos de números pares e ímpares,
números primos, etc. E isso para não falar na relação
entre os catetos e a hipotenusa de um triangulo retângulo conhecida
Teorema de Pitágoras. |
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